Reflexão
Correição lança ‘Guia de Sobrevivência para Gestores’
Abordagem leve, informal e inovadora é um dos destaques da publicação
Publicada por Luis Freitas em 17/10/2025 ― Atualizada em 17 de Outubro de 2025 às 11:03

O Departamento de Correição do Instituto Federal do Ceará (IFCE) lança nesta semana o Guia de Sobrevivência para Gestores. Embora o setor e suas atividades estejam dentro de uma realidade amplamente técnica, a publicação traz uma abordagem inovadora, diferente de um documento cheio de referência a leis, proibições e deveres preparados pelo departamento.
Trata-se de um guia dialógico, com uma linguagem mais informal, que busca interagir com os gestores do IFCE, fazendo uma metáfora entre os desafios habituais de um gestor e o mar – isso mesmo, um paralelo com a natureza. O lançamento ocorre nesta sexta-feira, 17, durante o evento "Estratégias de gestão e medidas cautelares em ilícitos disciplinares", no auditório da Reitoria.
O guia está dividido em cinco capítulos: Mar tranquilo; Primeira onda; Música das sereias; Covil Azul; e A última onda. Trazem mensagens que abordam o exercício da calma, da serenidade, da paciência, entre outros eixos de equilíbrio necessários para o ato de lidar com as atividades de rotina. A importância de uma equipe, de desacelerar quando necessário e de saber administrar conflitos também estão em destaque na obra.
“O objetivo geral do documento é conduzir os gestores a refletir sobre a gestão como uma missão. Algo que vai além de exercer um simples cargo. A ideia foi de inspirá-los e motivá-los a se reconhecerem como chave dentro da gestão: humanos, limitados, mas capazes de fazerem coisas extraordinárias quando bem posicionados”, avalia a chefe do Departamento de Correição do IFCE, Elisângela Abrantes. “O Guia aponta para o lado humano do gestor, sobretudo, quando afetado pela sobrecarga de trabalho, pela rotina e pelas cobranças, demonstrando que o segredo para superar os desafios não está na estrutura do barco, mas no equilíbrio de quem o conduz”, completa.
Sobre a utilização da abordagem mais leve, Elisângela Abrantes explica que “o formal e o burocrático era o esperado” e que a ideia do Guia foi fugir do óbvio. “A gestão é como a tempestade, o navio é o campus ou a unidade que se dirige. O mar, por sua vez, representa a sociedade, os olhos que julgam e que esperam do gestor. A ideia foi confrontar a monotonia e a solidão do cargo por meio da sabedoria da natureza, convocando o gestor a assumir o leme, ler o céu, ajustar a rota e, se preciso, mudar o rumo — com coragem, discernimento e propósito”, acrescenta.
Luís Carlos de Freitas - Reitoria