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Water Flow

Estudante do IFCE Jaguaribe é premiado no 'Jovem Cientista'

Pesquisa sobre monitoramento de fluxo de água é destaque nacional

Publicada por Luis Freitas em 26/11/2025 Atualizada em 26 de Novembro de 2025 às 16:52

Microcontrolador (na caixa branca) e sensor de fluxo (preto) compõem a peça
Microcontrolador (na caixa branca) e sensor de fluxo (preto) compõem a peça

Uma solução para monitoramento de consumo de água em cenário de escassez, denominada projeto "Water Flow", rendeu ao estudante Isac Diógenes Bezerra, do Campus Jaguaribe do IFCE, o segundo lugar nacional do Prêmio Jovem Cientista – categoria Ensino Superior. O aluno do quinto semestre do curso de Tecnologia em Rede de Computadores teve como orientador o professor Samuel Paiva. A solenidade oficial de premiação ocorrerá em fevereiro de 2026, em Brasília.

O sistema de monitoramento é formado por três componentes principais, como destaca o pesquisador de 22 anos: um sensor de fluxo de água integrado a um microcontrolador wi-fi que transmite os dados em tempo real; um processador dessas informações, e um aplicativo móvel que permite o acesso ao consumo de água do local, seja residência ou qualquer outro formato de propriedade.

Isac Diógenes entende que a premiação ao trabalho é um ponto de partida, já que ele enxerga muita margem para evolução. “Pretendo ampliar a pesquisa, já que o projeto ainda é um protótipo, uma prova de conceito, e ainda há bastante a evoluir, com testes práticos, em campo, após a validação em ambiente de laboratório”, comentou. “Quero acrescentar a questão do querer, da resiliência, pois, as adversidades não foram motivo para eu parar de me dedicar e de sonhar”, frisou.

Também avalia que esse tipo de reconhecimento pode motivar estudantes do interior a seguir no mesmo caminho. “Acredito que esse trabalho pode funcionar como um incentivo a outros jovens do interior, que nem eu, a realizar pesquisas, dedicar tempo aos estudos, criar projetos”, destacou. “Podemos mostrar que não precisamos estar nos maiores centros universitários do Brasil para elaborar projetos dignos de grandes premiações”, acrescentou.

Qualidade

Para o professor e orientador Samuel Paiva, esse resultado traz um “sentimento de empoderamento” para os alunos do Interior: “Como diz nosso reitor (Wally Menezes), fazer pesquisa nos grandes centros é ‘mais fácil’; os alunos do interior do Estado normalmente não têm o mesmo acesso a recursos e infraestrutura que uma capital possui e, mesmo assim, estamos conseguindo desenvolver um trabalho, uma pesquisa científica de qualidade e atingindo ótimos resultados, inclusive em nível nacional”.

Luís Carlos de Freitas - Reitoria