O POVO CBN
Nova Política de EaD é tema de debate em rádio com participação do CREaD
Publicada por Deborah Lima em 28/05/2025 ― Atualizada há 2 semanas

A educação a distância (EaD) para cursos de nível superior ganhou novas regras no Brasil com a publicação do Decreto nº 12.456/2025, que instituiu a Nova Política de Educação a Distância. O objetivo da política é garantir a qualidade dos cursos de graduação ofertados nessa modalidade de ensino, visando proporcionar uma formação eficiente aos cidadãos, com base em normas específicas.
Para falar sobre as novidades implementadas pelo decreto, o diretor do Centro de Referência em Educação a Distância (CREaD) do Instituto Federal do Ceará (IFCE), Igor Paim, participou do programa Debates do Povo, diretamente dos estúdios da rádio O Povo CBN, em Fortaleza, nesta terça-feira (27/05). A entrevista foi transmitida ao vivo e permanece disponível no canal da rádio no YouTube.
Também participaram do debate outros especialistas envolvidos com o tema, entre eles um representante da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), um da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e uma representante da área médica – já que a graduação em Medicina passou a ser uma das cinco que somente poderão ser oferecidas no formato presencial.
Na ocasião, Igor esclareceu as diferenças entre os três formatos de cursos estabelecidos pelo novo decreto: presencial, semipresencial e a distância. Ele também desmistificou alguns conceitos sobre o ensino a distância, mencionando, por exemplo, como ocorre no IFCE. “A EaD tem preparo. O planejamento é condição sine qua non para sua qualidade”, disse.
Sou um ferrenho defensor da EaD, porque ela permite inclusão, principalmente para quem tem dificuldade com o tempo e com o deslocamento. Isso é uma realidade, permitindo que milhões de pessoas pudessem se formar e acessar o mercado de trabalho, mesmo com as dificuldades da vida.
“No IFCE, o professor só inicia a disciplina EaD após ter entregue, previamente, todo o planejamento – aula a aula – com um semestre de antecedência. Isso garante a revisão de todo o material por um designer educacional. A partir daí, o conteúdo é disponibilizado no ambiente virtual de aprendizagem, utilizando ferramentas interativas – que, no IFCE, são 54. E isso melhora a experiência de aprendizagem”, explica Igor.
Durante o debate, o diretor do CREaD ressaltou que a modalidade de ensino, por si só, não deve ser vista como sinônimo de ineficiência e, por isso, não deve ser demonizada. Segundo ele, o que pode comprometer a qualidade da aprendizagem é a falta de planejamento – tanto em relação às metodologias quanto às ferramentas utilizadas – independentemente de se tratar da EaD ou do ensino presencial.
Assista ao debate na íntegra acessando o link: www.youtube.com/watch?v=MNnS3oQkipw.