70 anos de conquistas
Pesquisa sobre cultivo de trigo no Semiárido, liderada pelo IFCE Iguatu, conquista prêmio nacional em Chapecó (RS)
Estudo desenvolvido pelo IFCE Iguatu, em parceria com a UFLA e a EMBRAPA, aponta potencial do trigo como nova alternativa de cultivo sustentável no Semiárido brasileiro.
Publicada por Amanda Alboino em 10/10/2025 ― Atualizada em 10 de Outubro de 2025 às 20:16
Uma interessante Pesquisa sobre a Cultura do Trigo (Triticum aestivum) desenvolvida no Instituto Federal do Ceará (IFCE), Campus Iguatu, Coordenada pelo Professor Bráulio Gomes de Lima, Doutor em Fitotecnia e Docente do IFCE, realizada em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e com apoio da EMBRAPA, foi premiada em primeiro lugar no Fórum Nacional da Cultura do Trigo, realizado em Chapecó, Rio Grande do Sul. O estudo avalia a adaptação de diferentes cultivares de trigo ao clima do Semiárido e abre novas possibilidades para a produção do cereal em regiões tropicais do Brasil.
O projeto conta com a participação do engenheiro agrônomo e doutorando da UFLA Pedro Henrique Bezerra Gomes, que apresentou o estudo no evento; da professora Eloisa Oliveira e do professor José Maria Vilela Pádua, ambos da UFLA, que orientam e dão suporte acadêmico e continuidade à pesquisa na UFLA. O professor Carlos Newdmar Vieira Fernandes, chefe do Departamento de Pesquisa, Extensão e Produção do IFCE Iguatu, destacou o impacto institucional do trabalho considerando excelente.
O projeto premiado, intitulado “Competição de cultivares de trigo no Semiárido brasileiro”, recebeu o reconhecimento de Melhor Trabalho de Pesquisa de Transferência de Tecnologia e Socioeconomia do Trigo. Para os pesquisadores, a conquista mostra que a região Nordeste, e especialmente o Ceará, podem se tornar fronteiras agrícolas estratégicas para a cultura.
De acordo com o professor Bráulio Gomes, a pesquisa apresenta vantagens concretas para os agricultores. Algumas cultivares, segundo o professor, chegam a reduzir o ciclo produtivo em até um mês em comparação com outras regiões, o que significa menor custo e maior produtividade. Segundo o mesmo, essa adaptação abre caminho para que pequenos produtores possam incluir o trigo no sistema de produção local, com sementes de qualidade e mais acessíveis. É um passo importante para o Semiárido.
O reconhecimento nacional reforça a relevância da ciência desenvolvida no IFCE em parceria com instituições de excelência como a UFLA e a EMBRAPA, valorizando o esforço coletivo dos pesquisadores e estudantes envolvidos e apontando para novas perspectivas na agricultura do Semiárido brasileiro.