A adaptação de obras literárias é algo comum na indústria cinematográfica: os clássicos Dom Casmurro e Primo Basílio, por exemplo, ganharam versões na telona. É ainda característica dessas duas linguagens tratar de problemas sociais, como exploração sexual, corrupção e violência doméstica. O projeto "Cinema, literatura e função social", que ocorre semanalmente no campus, busca unir todas essas questões em torno de debates sobre filmes. Em 2017, o projeto começa no dia 29 de setembro.

Nas tardes de sexta-feira, o auditório do campus vira sala de cinema e, após a sessão, os estudantes participam de um debate sobre as questões tratadas no filme. Com pipoca e refrigerante, eles assistirão, esse ano, a filmes como Flor do deserto, Um sonho de liberdade e Diário de um adolescente, que debatem temáticas como mutilação feminina, o sistema prisional e o uso de drogas.

O responsável pela ação é o professor Antônio Marcos, que dá aulas de Língua Portuguesa. Ele explica que a ideia é que a arte faça parte da formação dos estudantes: "O objetivo geral é identificar e analisar o dialogo entre as artes literária e cinematográfica e verificar de que maneira essas artes podem contribuir para que a gente tenha uma vida cidadã mais efetiva".

O projeto conta ainda com textos de apoio para os debates e também trabalha temas relacionados à língua portuguesa, como interpretação de texto. "De modo mais específico, a gente analisa a função catártica da literatura e do cinema e tenta também entender essas artes como possibilidade de manifestações diversas e interpretações variadas", completa o professor Marcos.