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Premiação

Estudantes do IFCE campus Crateús vencem Prêmio Chico Vive com projeto de purificação da água

Iniciativa BioCactus representa o Ceará e o bioma Caatinga em premiação nacional voltada a jovens lideranças socioambientais

Publicada por Felipe Rodrigues em 30/10/2025 Atualizada em 30 de Outubro de 2025 às 11:00

Os estudantes Joaquim Soares Bio Neto e Antônio Werlison Silva Lima, do curso técnico integrado em Química do IFCE campus Crateús, conquistaram o Prêmio Chico Vive 2025, em cerimônia realizada na última quinta-feira, 23 de outubro de 2025, no Teatro Cultura Artística, em São Paulo. Com o projeto BioCactus, os jovens representaram o bioma Caatinga e o estado do Ceará, obtendo o maior número de votos do público em nível nacional. Joaquim Soares representou o grupo na cerimônia de premiação, recebendo o troféu em nome da equipe e de todo o IFCE campus Crateús.

O BioCactus propõe uma solução sustentável e acessível para o tratamento de água em comunidades rurais do semiárido nordestino. A pesquisa utiliza biopolímeros naturais extraídos da palma forrageira (Opuntia ficus-indica) — planta típica e abundante da Caatinga — no processo de floculação e purificação da água, oferecendo uma alternativa de baixo custo e impacto ambiental reduzido. O projeto foi desenvolvido sob a orientação da professora Débora Bezerra de Sousa e se destaca pelo caráter científico, social e ecológico, contribuindo para a segurança hídrica e a valorização do conhecimento regional.

O Prêmio Chico Vive é uma iniciativa nacional que homenageia o legado do ambientalista Chico Mendes, reconhecendo jovens lideranças socioambientais entre 15 e 35 anos que desenvolvem ações de impacto nos seis biomas brasileiros — Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa. Lançado em 2024, o prêmio seleciona seis projetos inovadores a cada edição, promovendo a integração dos vencedores na Rede Chico Vive, uma articulação que fortalece a transformação cultural e ecológica por meio do engajamento coletivo.

Para Joaquim e Werlison, “cuidar da natureza é também cuidar das pessoas e das futuras gerações”. Além da relevância científica, o BioCactus tem um forte caráter social e ambiental, contribuindo para a segurança hídrica de comunidades rurais e para a valorização do conhecimento regional sobre as potencialidades da vegetação nativa.