Consolidar o conhecimento científico, produzir e difundir vídeos educativos sobre práticas que possam contribuir com a redução dos riscos de propagação do coronavírus e de contaminação dos trabalhadores, além de colaborar com a sustentabilidade dos sistemas de saneamento em tempos de pandemia. Este é o objetivo principal do projeto “Saneamento, Saúde e Comunicação: uma associação capaz de salvar vidas”, desenvolvido por alunos e servidores do campus de Camocim do IFCE.

Os vídeos, disponibilizados nas redes sociais do IFCE, trazem mecanismos didáticos e eficazes para informar e direcionar as pessoas quanto à importância de contribuírem com a sustentabilidade dos sistemas de saneamento. Tecnicamente, o termo saneamento básico compreende o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais que abrangem o abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais.

O material produzido pelo campus centraliza orientações práticas, muitas vezes disseminadas em meio a um volume expressivo de informações pelos meios de comunicação convencionais. Em sua apresentação, o projeto considera o fato de a relação entre saneamento e saúde ser comprovadamente significativa - quanto menor o índice de saneamento em uma região, maior será a difusão de doenças infecciosas e contagiosas.

Não adianta ter uma logística operacional bem desenvolvida na área de saneamento, como abastecimento de água e coleta de resíduos, por exemplo, se os usuários não tiverem orientados a utilizar de maneira sustentável, frisa Izabela Cristiane de Lima Silva, mestre em Engenharia Sanitária e professora do IFCE. “A base de tudo é a população; é necessário que ela compreenda o papel dela para que as coisas funcionem, e que os técnicos da área tenham uma linguagem acessível a essa população”, completa.

“A ideia surgiu quando observamos as notícias sobre saneamento relacionadas ao Covid-19, notando pontos, por exemplo, como trabalhadores de coleta seletiva de resíduos sólidos não usando equipamentos adequados para sua proteção; vendo o quanto aumentou a produção de resíduo em casa”, citou Izabela, alertando ainda para a questão do uso racional da água também.

Luís Carlos de Freitas – Reitoria