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Projeto submetido ao Ministério da Saúde é aprovado

Comunidades tradicionais de Maracanaú serão capacitadas em soberania alimentar

Publicada em 29/01/2018 Atualizada há 2 meses, 1 semana

O fortalecimento de ações voltadas para as comunidades cearenses tem sido uma vertente da atuação do Instituto Federal do Ceará (IFCE), razão pela qual acabou de ter aprovado, pelo Ministério da Saúde (MS), um projeto em parceria com a Fiocruz e a UFC para capacitação em saúde e soberania alimentar, com foco nas diretrizes da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas.

A ideia partiu da percepção da necessidade de capacitação em agroecologia para públicos específicos, mediante o requerimento dirigido ao IFCE de uma escola estadual que atende povos indígenas, situada no município de Maracanaú. Com isso, os professores do instituto Anna Érika Ferreira e Olivio Brito, coordenadora e vice-coordenador do projeto aprovado pelo MS, começaram a articular uma proposta.

“A partir dessa ideia, juntamente com outros professores do IFCE e mediante experiência já adotada no campus de Baturité, desenhamos uma proposta de cursos na área de agroecologia para as comunidades de Maracanaú, incluindo o atendimento à população indígena Pitaguari”, diz Anna Érika. Segundo ela, serão 100 pessoas capacitadas, até o ano que vem, entre populações do campo, da floresta e das águas.

As capacitações terão foco na proposta da soberania alimentar, ou seja, no fortalecimento e na resistência dos hábitos alimentares tradicionais mediante o conhecimento e o domínio nutricional, bem como na consolidação das matrizes culturais alimentares das comunidades atendidas. O projeto, hoje, figura como uma ação institucionalizada, envolvendo os campi de Fortaleza, Quixadá, Maracanaú e Baturité.

Serão cerca de R$ 116 mil investidos no projeto, oriundos do MS. O projeto prevê ainda a participação de bolsistas do IFCE e também da UFC em sua execução. A Fiocruz participará no desenvolvimento dos conteúdos que serão ministrados, somando ao todo 14 módulos. As inscrições para os cursos já podem ser feitas na escola estadual Chuí ou no CRAS Indígena, ambos localizados no município de Maracanaú.

Deborah Sampaio - Reitoria