Desde 2009, pesquisadores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) já registraram 59 pedidos de proteção intelectual, sendo 40 patentes, 17 registros de software e dois registros de marca. Os processos levam cerca de 10 anos para serem avaliados, e os primeiros resultados podem ser divulgados já neste ano pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Os pedidos de proteção visam garantir a proteção intelectual dos produtos de inovação gerados a partir de pesquisas de áreas variadas, tais como Mecânica, Engenharia Elétrica, Engenharia de Alimentos, Acessibilidade, entre outras. Podem ser citados como exemplos o “Dispositivo para leitura e/ou escrita braile”, depositado em 2011, e o “Detector e sinalizador de falhas em isoladores de corrente de alta tensão”, no ano seguinte.

De acordo com o chefe do Departamento de Inovação da Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (PRPI), Tarique Cavalcante, os pedidos de patente objetivam proteger produtos inéditos criados a partir de atividades e/ou processos de pesquisa inventivos, enquanto os registros de software e de marca proporcionam a garantia dos direitos autorais dos seus criadores.

Nos últimos anos, as operações do Polo de Inovação de Fortaleza no IFCE têm funcionado como um importante indutor dos pedidos de proteção intelectual. “Tivemos um salto exponencial de empresas desenvolvendo projetos de inovação no IFCE com o Polo. Hoje, 2/3 dos recursos de inovação captados por nossa instituição vêm dele”, ressalta. Um exemplo disso é que os 12 projetos já finalizados na unidade geraram 14 pedidos de proteção intelectual ao INPI – outros 35 se encontram em desenvolvimento.

Para o futuro, a expectativa do gestor é de que esses números cresçam ainda mais, entre outros motivos, pela atualização da Política de Inovação do IFCE – cujo projeto deve ser submetido em maio ao Conselho Superior (Consup) – e pela criação de escritórios de inovação nos campi. Pesquisadores interessados em patentear ou registrar produtos de inovação desenvolvidos no Instituto podem contar com o apoio da PRPI, seguindo as instruções constantes na página do Núcleo de Inovação Tecnológica.

Ícaro Joathan - Reitoria