IFCE integra gestão da rede de inovação em inteligência artificial
Grupo reúne importantes centros de pesquisa para fortalecer competividade brasileira na área
Publicada em 05/11/2020 ― Atualizada há 2 meses, 1 semana
O Instituto Federal do Ceará (IFCE) foi indicado para a vice-presidência da rede nacional de inovação com foco em inteligência artificial (IA), criada, no último dia 29 de outubro, pelo governo federal. O grupo é formado por importantes centros de pesquisa brasileiros que possuem infraestrutura e profissionais capacitados para projetos científicos em diversas áreas.
O objetivo do programa, que terá forte atuação do Polo de Inovação do IFCE, é potencializar a capacidade produtiva e a competitividade das empresas brasileiras em diversos setores. A rede, que terá o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) na presidência, é resultado da parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii).
Serão investidos na rede R$ 70 milhões em cinco anos, sendo R$ 20 milhões com foco em IA, aplicado ao setor automotivo e agronegócio. Os recursos são provenientes da Lei de Informática e do Programa Rota 2030. Como o modelo de atuação da Embrapii prevê o investimento também do setor empresarial, estima-se que a criação da rede gere cerca R$ 140 milhões em inovações, incluindo recursos próprios e contrapartidas empresariais.
Parte dos recursos será destinada para desenvolver a competência em inteligência artificial dos centros de pesquisas e fortalecer a capacidade de pesquisa, desenvolvimento e inovação nacional sobre o tema. Também planeja-se aproximar as unidades Embrapii - entre elas o Polo de Inovação do IFCE - da fronteira internacional, promovendo o intercâmbio de conhecimento a colaboração com as principais redes de IA do mundo, como Europa, Israel e América do Norte.
Benefícios para o IFCE
Para Ajalmar Rocha, vice-presidente da rede e coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação (PPGCC) do IFCE, os ganhos vão além dos muros do IFCE que, por meio do Polo de Inovação, já vem trabalhando em diversos projetos que têm como base tecnologias de IA. “Nosso polo já tem essa área de competência e isso vai ser fortalecido”, frisou, destacando que, inicialmente, os os trabalhos serão direcionados para capacitação, infraestrutura e certificação.
Sobre o âmbito nacional, ele entende que a rede vai proporcionar, através da coordenação, uma unidade que tende a proporcionar mais conquistas na área. “O que a gente tem, atualmente, são iniciativas espalhadas pelo Brasil na área de IA, com pesquisadores bastante capacitados, mas todas são ações de forma independente, sem uma coordenação central. A rede vai ajudar a aprimorar essas iniciativas de forma mais organizada, permitindo mais avanços, porque esses esforços vão poder se unir, focar nos elementos que faltam para completar o ecossistema da área de IA no país”, analisou.
Luís Carlos de Freitas - Reitoria (com informações de embrapii.org.br)