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Combate ao bullying integra calendário institucional

Ações cotidianas de respeito à diversidade são trabalhadas em todos os campi

Publicada em 06/04/2018 Atualizada há 2 meses, 1 semana

Em 2018, a Diretoria de Assuntos Estudantis implantou um calendário sistêmico com diversos temas que devem ser trabalhados ao longo do ano. O mês de abril é dedicado ao combate ao bullying, mas a prevenção à violência é parte cotidiana na rotina dos servidores do Instituto Federal do Ceará, em especial dos profissionais que fazem os setores de Assistência Estudantil nos campi.

Sejam psicólogos, pedagogos, assistentes sociais ou assistentes de alunos, eles se aliam aos professores e comunicadores para lidar com o tema de combate ao bullying e de respeito às diferenças. A questão é recorrente tanto em eventos que reúnem os servidores, como os encontros pedagógicos, quanto os que lidam diretamente com os estudantes.

O psicólogo do campus de Quixadá, Rodrigo Meireles, promoveu durante esta semana três rodas de conversa com estudantes de todas as idades. "Nestas rodas, a gente procura incentivar o pessoal a descrever o que eles entendem por bullying, seja através do desenho ou da escrita. Neste momento inicial, todos têm a chance de falar. Depois passamos o vídeo de um curta de animação e, em seguida, abrimos o debate quando destacamos o que é bullying, como identificar, como lidar com as vítimas, como intervir e como prevenir", pontua.

Rodrigo Meireles fala de uma pesquisa realizada recentemente na Inglaterra que mostra que 50% dos suicídios na adolescência estão relacionados ao bullying. "É um tema que ainda permanece oculto, mas com o qual precisamos lidar cada vez mais". No final de fevereiro, ele também foi convidado pelo campus de Baturité, onde realizou uma roda de conversa.

Izabela de Araújo Castro, psicóloga do campus de Fortaleza, relembra os sintomas das vítimas a que todos devem ficar atentos. "Alguns ficam mais introvertidos, outros reagem com agressividade e, para se defender, acabam praticando o bullying também. Sempre a aprendizagem sofre um impacto negativo, pois o estudante tem dificuldade de concentração, se isola, e muitas vezes a família não sabe o que está acontecendo".

Ela fala que a forma como a vítima de bullying vê a escola muda: "De um ambiente de aprendizagem, de amizade, de socialização, do lúdico, a escola se transforma num lugar onde ele tem medo, ansiedade e desconfiança". Uma das formas de prevenção à violência física e psicológica é trabalhar a questão da diversidade. 

"Quando você trabalha a diversidade, necessariamente você está prevenindo o bullying. Se o aluno tem a maturidade de entender que o mundo é feito dessa diversidade de jeitos de ser diferentes, da aparência, de cor, de gênero, de opções em suas vidas, a tendência é que o bullying não ocorra porque eles aprendem a conviver com a diferença e a escola vira de fato uma representação do mundo real, onde os diferentes conseguem conviver cada um dentro das suas particularidades e tendo o devido respeito e aceitação de todos", resume Izabela.

Veja abaixo algumas iniciativas que já ocorreram nos campi do IFCE:

Projeto de Iguatu promove campanhas contra o bullying

Palestra reforça combate a preconceito e bullying

Crato promove ações no Setembro Amarelo

Semana de Integração 2017.2 abre inscrições no campus do Cedro

Liberdade de expressão é tema de mesa-redonda em Crateús

Baturité abre curso de prevenção à violência e uso de drogas

Projeto de Tauá lança série de vídeos educativos