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Estudantes desenvolvem alimentador automático de peixes

Equipamento visa evitar prejuízos nas fazendas de cultivo de peixes

Publicada em 26/04/2017 Atualizada há 2 meses, 1 semana

O ato de alimentar peixes com ração em fazendas de cultivo, conhecido tecnicamente como arraçoamento, requer um custo com mão-de-obra e tempo gasto por cada arraçoador em dispor o alimento em cada um dos ambientes. Além disso, a falta de padronização na oferta de alimento também prejudica o crescimento do animal, já que os maiores e mais dominantes irão predominar e controlar o acesso à alimentação.

Foi justamente buscando uma solução para esse tempo de problema, que gera gasto de tempo e prejuízos nos criadouros, que professores e alunos do campus de Morada Nova do IFCE desenvolveram um alimentador automático para uso na aquicultura. Participam da pesquisa os discentes Wellington Oliveira, Vagner Paiva e Breno Maia, orientados pelos professores Renato Teixeira e Antonio Glaydson.

Na medida em que a ração pode ser ofertada de forma constante ao longo do dia, o efeito da dominância pode ser diminuído devido à saciedade dos indivíduos maiores, que perdem o interesse no controle sobre o alimento. Assim o uso de alimentadores automáticos é um passo importante para a padronização do tempo de oferta e da quantidade de alimento distribuído nos viveiros, além da economia de custos com mão-de-obra.

O equipamento desenvolvido no campus de Morada Nova consiste, basicamente, de um motor semelhante aos utilizados em micro-ondas, com baixa rotação, para a oferta gradativa da ração ao longo do dia. Uma estrutura em canos de PVC e uma espiral feita por arame liso, fazendo com que o motor movimente a espiral, despejando a ração no viveiro gradativamente.

“Visualizamos alguns vídeos na internet mostrando alimentadores automáticos desenvolvidos para cães, foi onde tivemos a grande ideia de adaptar a estrutura para alimentação de peixes”, afirmou o estudante Wellington Oliveira.

“O papel do professor, além de lecionar, é despertar o interesse dos alunos na criação e desenvolvimento de ideias que visam facilitar o dia-a-dia da atividade em campo”, acrescentou Renato Teixeira, um dos professores orientadores do projeto.

O equipamento ainda está na fase de protótipo e deve passar por melhorias para ser utilizado em ensaios de alimentação e atividades de campo.

*Com informações de Renato Teixeira, campus de Morada Nova