Com graduação, mestrado e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Pedro Medeiros atua no campo da hidrologia “A área de hidrologia desempenha um papel importante para assegurar o abastecimento de água em quantidade e qualidade compatíveis com os anseios da população e as metas de desenvolvimento”, explica o docente.

Idealizador do projeto “Água na Caatinga,” que tem por objetivo popularizar a divulgação científica, ele destaca que é preciso que as pessoas conheçam e entendam como a ciência pode, na prática, melhorar a vida delas “Uma parcela importante da produção científica tem aplicabilidade imediata, mas, é preciso que as informações sejam divulgadas de uma maneira que o público não-técnico compreenda”. Pedro Medeiros possui uma atuação consistente com artigos publicados em revistas internacionais de elevado impacto, sendo citado pela AD Scientific Index na lista de pesquisadores mais influentes do mundo.

Atualmente, o pesquisador está envolvido em dois grandes projetos. O primeiro é a produção de um livro, que conta com a participação de dezenas de cientistas de várias partes do mundo, em uma ação da Associação Internacional de Ciência Hidrológica, dedicada ao estudo da socio-hidrologia. O livro apresentará uma síntese dos principais avanços obtidos ao longo da década de 2013 a 2022. Na publicação, o capítulo coordenado pelo docente do campus de Maracanaú abordará a coevolução dos seres humanos e da água em sistemas agrícolas.

O segundo projeto está sendo desenvolvido em cooperação com o Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ) e a Universidade de Potsdam, ambos da Alemanha, na área de sensoriamento remoto aplicado ao monitoramento dos recursos hídricos. Pedro Medeiros destaca os avanços do projeto. “A pesquisa teve início em 2014 e já produziu muitos avanços no monitoramento da quantidade da água armazenada na rede de açudes, atualmente temos trabalhado no monitoramento de sedimentos e da qualidade da água”.

Com atuação na graduação e na pós-graduação já tendo, inclusive, sendo coordenador do Mestrado Acadêmico em Energias Renováveis, que funciona no campus de Maracanaú, Pedro Medeiros destaca a importância em fomentar a cultura da pesquisa em uma perspectiva de verticalização do ensino.

“Não se pode pensar em ciência com olhar exclusivamente em cientistas já estabelecidos. A produção de conhecimento se dá através de uma rede de profissionais de vários níveis que sustenta e renova o sistema: profissionais em início de carreira executam tarefas mais simples no âmbito dos projetos de pesquisa, permitindo que cientistas experientes concentrem esforços em tarefas mais complexas e avancem mais rapidamente na produção de conhecimento”, analisa o pesquisador, que completa: “Não menos importante é o impacto desse ciclo para o ensino na graduação, que se renova à medida que a fronteira da ciência avança”, explica Medeiros.

Comunicação Social/ Maracanaú