Minicurso sobre boas práticas na carcinicultura foi realizado em Acaraú
Minicurso visa levar a boas práticas na carcinicultura para coibir e bem conviver com as enfermidades dos crustáceos
Publicada em 05/09/2018 ― Atualizada há 3 meses

O campus de Acaraú do IFCE foi palco, no dia 4 de setembro, do minicurso sobre "Boas práticas para a convivência com as enfermidades em carcinicultura". A capacitação é fruto de parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) juntamente com o Instituto. A mesma formação será ministrada no campus de Aracati, que a exemplo de Acaraú, também apresenta curso Técnico em Aquicultura.
O minicurso contou com uma abordagem dinâmica e variada do dia a dia da produção, incluindo o manejo de sistemas, nutrição, qualidade da água, aditivos, qualidade da larva noções de acompanhamento sanitário e projetos relacionados a carcinicultura em andamento na Embrapa.
Conforme a facilitadora do minicurso, a pesquisadora Alitiene Moura Lemos Pereira, da Embrapa Meio-Norte, o objetivo da formação é lembrar as boas práticas para que se possa fomentar o setor da carcinicultura, mesmo com o problema da doença do camarão, que tem acompanhado o seu cultivo e é sempre importante adotar as boas práticas para evitar essas doenças ou com elas conviver e continuar com a lucratividade", explicou.
Alitiene esclareceu que o minicurso faz parte do projeto BRS Aqua, que busca determinar os fatores de risco da produção do camarão, por meio da aplicação de um questionário epidemiológico aos produtores. "Assim vamos descobrir o que os produtores estão fazendo de errado em suas propriedades, por meio de apanhado por região, podendo-se apontar as principais problemáticas de cultivo", disse.
Segundo o coordenador do curso Técnico em Aquicultura do campus acarauense do Instituto, professor Rubens Feijó, o minicurso reveste-se de uma relevância sem igual por "informar os produtores e estudantes sobre a importância das boas práticas de cultivo para o combate e boa convivência com as enfermidades, além de apresentar uma relevante proposta de trabalho para os produtores, por meio de um dos maiores projetos da área da Aquicultura do Brasil", pontuou.
Saiba Mais
O BRS Aqua compreende diferentes particularidades de quatro cadeias da aquicultura: a tilápia, principal espécie de peixe produzida no País; o tambaqui, um dos peixes nativos com enorme potencial de evolução, pois é a espécie nativa mais produzida no País; o bijupirá, espécie marinha com grande potencial de expansão no mercado; e o camarão marinho. Essas espécimes apresentam grande demanda de mercado ou possuem alto potencial de produtividade.
Trata-se de um marco em investimentos no tema, fruto da parceria entre Embrapa, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a atual Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, ligada à Presidência da República, (SEAP). O BRS Aqua envolve 22 centros de pesquisa, 50 parceiros públicos e 11 empresas privadas – números que ainda devem aumentar ao longo de sua duração.