Sarau ÁfricaNós debate a ancestralidade
O evento teve palestras, oficinas, debates e apresentações culturais
Publicada em 25/04/2019 ― Atualizada há 1 mês, 2 semanas
O III Sarau ÁfricaNós "Ancestralidades: hoje era, antes sou", uma realização do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (Neabi), aconteceu entre os dias 24 e 25 de abril, no campus de Quixadá, e trouxe para a comunidade acadêmica o debate sobre o direito dos negros.
De acordo com a coordenadora do Neabi de Quixadá, Érika Assunção, o objetivo do Sarau é “refletir não só sobre o passado que nos constitui, mas também sobre o presente e o futuro que construímos/construiremos a partir das nossas influências socioculturais, na tentativa de destronar preconceitos contra diversas tradições afrobrasileiras”.
O coordenador de extensão do campus, professor Aterlane Martins, destaca que, nesta terceira edição do ÁfricaNós, a programação trouxe “uma forte performance teatral que denuncia o racismo, o preconceito e a hipocrisia brasileira frente às questões étnico raciais”. Além disso, acrescenta Aterlane, “a fala do convidado Andy Monroy, caboverdiano, nos apresentou uma África contextualizada, sem fantasias e com muito aprendizado”.
Já para o estudante Patrick Tiech, o evento “nos deu visões diferentes sobre ancestralidade, sobre o que entendemos ser África e o quanto podemos desconstruir (essas visões) quando debatemos acerca dos povos”.
O tema do Sarau foi elaborado em reunião interna do Neabi. Esse tem sido um importante momento do campus para, por meio da arte e suas linguagens, trabalhar questões de inclusão social e combater violências, como o racismo ainda forte no nosso cotidiano.