"Ô aluno bom, viu? Dá gosto corrigir uma prova dele, tudo bem explicadinho".

Foi assim que Mateus Gomes, aluno do 6º semestre da Licenciatura em Química do campus de Quixadá, 3º colocado geral na Olimpíada Cearense de Química, encerrada no último mês de junho, foi apresentado à equipe de comunicação. 

Quando a entrevista começou, percebemos que, além da medalha, dos elogios, tinha um dedicado e apaixonado estudante. Tímido, mas muito decidido em afirmar: "sempre quis ser professor. Minha avó, é ela que me inspirou".

Já no ensino médio, Mateus escolheu a Química: “eu queria entender por que os fenômenos acontecem”. Quando chegou aqui pelo campus, ele logo entrou nos espaços de incentivo à docência. Primeiro, como bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) e, atualmente, como residente pedagógico. 

Mateus explica que foi por meio desses programas que ele pôde conhecer o ambiente escolar e entender a importância de propor atividades diferentes para beneficiar o processo de aprendizagem dos estudantes das escolas públicas, de ensino médio, de Quixadá. Ele quer que os estudantes se fascinem pela Química tanto quanto ele.

E as medalhas? Bom, ele conseguiu duas: o bronze na olimpíada geral e o 2º lugar em Química Inorgânica. “É a disciplina que mais tenho dificuldade. Foi uma surpresa para mim”, contou o estudante. Ele é todo modéstia ao responder como conseguiu o feito: "meus professores de inorgânica, (Alexandre) Praxedes e Samuel (Pedro Marques), eles me ajudaram demais a entender o conteúdo que tinha dificuldade". 

Resumo da entrevista, a medalha é só a consequência de uma equação que une aluno dedicado, professores capacitados e programas de incentivo à qualificação e à formação. A Olimpíada nacional vem aí e o campus de Quixadá terá ainda mais três representantes:  Jadson Nascimento (8º colocado geral), Tassiana Saraiva e Renan Amorim.