Cearense é ouro na 'Genius Olympiad' nos Estados Unidos
Dois estudantes do IFCE de Limoeiro do Norte se destacaram na competição mundial
Publicada em 05/09/2016 ― Atualizada há 1 mês, 2 semanas

Natural de Iracema, interior do Ceará, Helyson Lucas Bezerra, 20, aluno do curso técnico em Meio Ambiente do campus de Limoeirodo Norte do IFCE, conquistou a medalha de ouro na Genius Olympiad, na última quinta-feira (16/06), em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A competição é uma das mais renomadas do mundo que apresenta projetos de estudantes do ensino médio sobre questões ambientais.
Helyson conseguiu unir conhecimento científico e popular para desenvolver, ainda em 2013, o projeto “Ação sinergética de antiviral natural”. Com a mistura de acerola, caju, goiaba e óleo de romã, ele preparou o que denomina de polpa, que se mostrou um poderoso antiviral à base apenas de frutas. A orientadora do projeto, Renata Chastinet, conta que foram realizados testes em pessoas que tomaram o medicamento natural e em outras em quem foi ministrado remédio industrializado.
Aquelas pessoas que tomaram a polpa tiveram melhora no sistema imunológico, com aumento de leucócitos, redução de sintomas e destruição mais rápida do vírus. Para Helyson, a descoberta oferece um produto natural, eficaz e barato, podendo atender grande parcela da população.
Efeito estufa
Helyson não foi o único cearense a se destacar na Genius Olympiad 2016. A estudante Adriana Mendes, 20, que cursa Agronomia no IFCE de Limoeiro e Técnico em Administração na Escola Normal, no mesmo município, teve seu trabalho certificado pela comissão julgadora da competição. Sua pesquisa, orientada pelas professoras Renata Chastinet e Keline Albuquerque, com coorientação da também docente Karlucy Farias, utiliza simulação em laboratório para analisar o comportamento das plantas sob a ação do efeito estufa nos próximos dez anos.
Na análise, foram utilizadas plantas de moringa, conhecida pela sua alta resistência a diferentes condições climáticas e pela sua capacidade de servir para alimentação tanto humana quanto animal. Como o impacto com a moringa foi alto num cenário simulado, diante do efeito estufa, o próximo passo é tentar desenvolver, com melhoramento genético, uma planta com mais capacidade de suportar e absorver a incidência de CO2.
Luís Carlos de Freitas