Cartilha oferece informações sobre sistema Olho D'água Cinza
Publicação foi realizada por parceria entre IFCE e ACB
Publicada em 09/10/2023 ― Atualizada há 1 mês, 2 semanas
Uma cartilha publicada pela Associação Cristã de Base em parceria com o IFCE oferece informações sobre o sistema Olho D'água Cinza, uma tecnologia social inovadora de tratamento para reúso de água cinza na agricultura familiar. Clique AQUI para conferir.
A cartilha aborda o surgimento da tecnologia, os componentes do sistema, sua utilização e manutenção. Segundo o professor Gauberto Barros, coordenador adjunto do projeto e um dos autores da publicação, a ideia é explicar o sistema de forma simples: "A cartilha vem em boa hora e vai ajudar os produtores que adotarem essa tecnologia a compreenderem o funcionamento do sistema e a fazerem as manutenções necessárias para que o projeto tenha eficiência por um longo prazo"
Olho D'água Cinza
Por meio de uma parceria entre a ACB e o IFCE, um piloto do sistema chamado de Olho D'água Cinza foi implantado em 2021 em uma propriedade na Serra da Minguiriba, zona rural do Crato. No sistema, a água cinza - resultante do uso doméstico - é coletada por um reservatório, onde resíduos com menor densidade flutuam e permanecem, enquanto a água segue seu fluxo. Em seguida, ela passa pela primeira filtragem, inspirada em outra tecnologia social. Há ainda mais dois tanques de filtragem física e biológica que geram o "olho d'água" cinza, antes da água chegar ao depósito final.
"Há várias tecnologias que trabalham o reúso da água, mas algumas não atendem à necessidade de matar a sede dos animais. Esse sistema segue a dinâmica do ciclo hidrológico no topo da Chapada: a água da chuva infiltra no solo e aflora mais filtrada e limpa ao final, em fontes, nascentes e olhos d'água. É uma proposta de quem sonha em melhorar a vida no semiárido", explica Francier Simião, criador do sistema. A água que brota nos "olhos d'água cinza", rodeados por plantas, atrai abelhas e animais silvestres.
Com o bom funcionamento do sistema piloto, o projeto recebeu financiamento do Banco do Nordeste e foi implantado em municípios do sertão pernambucano. Agora, a cartilha chega para contribuir com a difusão da tecnologia.