Você está numa rua, cuidando de seus próprios assuntos, quando vê uma criança suja e maltrapilha surrupiando algumas frutas de uma banquinha. Você sabe que o dono do pequeno comércio passa por dificuldades financeiras e sentirá o prejuízo do furto de seu produto. Por outro lado, imagina o desespero que a fome e a necessidade trouxeram à criança. E então, o que fazer? Silenciar ou denunciar? Qual seria a atitude correta a ser tomada?

Esse foi somente um dos dilemas propostos durante a palestra da manhã de hoje (22) no segundo dia do Encontro Pedagógico 2015.1 para provocar um debate sobre ética e sua relação com o desenvolvimento profissional, principalmente para os que atuam como educadores, sejam eles professores ou não.

“Toda postura ética implica escolha”, destacou a psicóloga Edileusa Santiago, uma das dinamizadoras do momento, apontando também que a ética é um acordo coletivo para a convivência social.
A assistente social Cláudia Feitosa, outra das dinamizadoras responsáveis, ressaltou que na profissão docente há conflitos éticos o tempo todo. Apesar disso, para ela, a educação é um instrumento de superação e não de conformidade. “Pensar numa educação que oportunize, esse é o nosso papel. O compromisso não é só do professor, é de todos”, conclui.