Cedro debate inclusão e acessibilidade
Evento integra circuito que abordará ainda inclusão racial e de gênero
Publicada em 03/12/2015 ― Atualizada há 1 mês, 2 semanas

O campus de Cedro do Instituto Federal do Ceará (IFCE) deu início na manhã desta sexta-feira, 26, a um ciclo de debates sobre inclusão no ambiente escolar. Sob o nome “A Inclusão como Direito”, o primeiro momento de discussão abordou a acessibilidade arquitetônica e atitudinal para pessoas com deficiência.Promovido no Dia Nacional dos Surdos, o encontro teve tradução e interpretação simultânea de dois intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras), além da fala de duas estudantes surdas sobre os próprios percursos escolares dentro ou não da educação inclusiva. O evento contou também com a presença de docentes envolvidos em ações inclusivas, como o professor Emerson Cristian (atualmente lotado em Iguatu), idealizador do projeto “Mãos que Incluem”, que ensina Libras para surdos da comunidade que nunca tiveram contato com o idioma gestual.
“Falar de inclusão e acessibilidade é falar de atitude”, defendeu. Ao apresentar ações que promovem a integração de pessoas com deficiência em outras cidades, Cristian incentivou o engajamento dos estudantes da área tecnológica do campus de Cedro, como os alunos de Mecatrônica e Informática, na causa, desafiando-os a ampliar e melhora o rol de tecnologia assistiva disponível.
“A tecnologia tem dado um subsídio muito significante às pessoas com deficiência visual”, destacou o assistente social Iderlande Bezerra. Cego desde os 14 anos, também convidado da mesa debatedora, ele apresentou aos alunos e professores presentes no auditório algumas dificuldades pelas quais passou para ter acesso à educação, desde ausência de livros em Braille a comportamentos limitadores de outras pessoas.
O encontro foi o primeiro de um ciclo que pretende, ainda, abordar as temáticas da inclusão racial e de gênero.