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Pesquisa desenvolvida no IFCE evidencia potencial anti-cancerígeno da acerola

Artigo científico com resultados do trabalho foi publicado em conceituado periódico internacional

Publicada em 06/09/2024 Atualizada há 1 mês, 1 semana

Em artigo publicado na revista científica The Journal of Supercritical Fluids, resultado de sua  pesquisa de doutorado, a professora Otília Mônica Alves Borges, do IFCE campus de Aracati, evidencia o valioso potencial farmacêutico e alimentício de subprodutos da indústria de suco da acerola. A partir da extração de compostos bioativos, como a vitamina C, e compostos fenólicos, encontrados na borra do suco da fruta, e testes enzimáticos aplicados em células cancerosas, bem como acometidas pelo alzheimer e pela diabetes, a pesquisa constatou resultados promissores especialmente contra o câncer de mama humano. 

O trabalho traz um conteúdo científico de caráter único, até então não explorado, conforme explica a autora: “A pesquisa voltada para atividades biológicas acerca de resíduos de acerola verde é inédita, por isso foi aprovada num periódico internacional com conceito A1”, considera. O conceito no qual se enquadra a revista refere-se ao mais elevado nível de classificação, conforme os procedimentos utilizados pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), do Ministério da Educação, para estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação.

A publicação na conceituada revista foi possível por meio de parceria firmada com a orientadora da pesquisa, a professora Patrícia Poletto, da Universidade Federal de Santa Catarina  (UFSC) e o Instituto de Pesquisa em Ciência dos Alimentos de Madri/Espanha. 

A pesquisa foi iniciada quando a autora lecionava no IFCE campus de Ubajara, em 2019, e faz parte do doutorado em Engenharia de Alimentos, pela UFSC, em parceria com o IFCE. Além da professora Otília Mônica, participaram outros doutorandos que integram o corpo docente dos campi do IFCE em Ubajara, Sobral e Limoeiro do Norte. 

A autora acrescenta que o processo de extração dos compostos usados no trabalho envolveu técnicas de tratamento hidrotérmico e por GXL (Gás Expandido Líquido) realizados, respectivamente, na UFSC e no Laboratório Foodomics, do Instituto de de Pesquisa em Ciência dos Alimentos, de Madri. Outro parceiro importante foi a Universidade do Rio Grande. 

Elinaldo Rodrigues - Campus de Aracati