Equipes de Sobral avançam no Programa Centelha
Competição estimula o empreendedorismo. Equipes são do curso de Mecatrônica
Publicada em 14/02/2020 ― Atualizada há 2 meses, 2 semanas
Duas equipes de alunos do curso de Mecatrônica Industrial do campus de Sobral passaram na primeira fase do Programa Centelha, iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. O objetivo do programa é estimular o surgimento de empreendimentos inovadores.
SMART CAPACETE
Um dos alunos é Gean Viana, que desenvolveu o Smart Capacete, um sistema de sinalização e de iluminação para capacetes visando à segurança de ciclistas. "O Smart Capacete conta com um sensor de gestos que reconhece o movimento da mão do ciclista. Quando entrar à direita, por exemplo, ele passa a mão na frente do capacete da direita para a esquerda e vai acionar essa seta, que vai piscar por 20 vezes. E também vai tocar um 'bip', um sinal sonoro", explica o estudante, que também é egresso do curso de Eletrotécnica. "A ideia é vender esse capacete a um preço acessível. Estamos terminando de desenvolver e já entrei com pedido de patente", acrescenta. No mercado internacional, o equipamento custa entre R$ 1.000 e R$ 1.500. A projeção é que o desenvolvido no IFCE seja vendido pelo valor de R$ 300 a R$ 400.
O professor Rafael Vitor, que orienta o aluno no projeto, lembra da importância de promover a cultura empreendedora. "O Instituto Federal tem fomentado a questão da inovação. Além das atividades acadêmicas, a gente desenvolve iniciação científica com o intuito de estimular o desenvolvimento de projetos que venham atender as necessidades da comunidade. O IFCE tem essa característica, é uma espécie de retorno para a sociedade".
MÁQUINA DE BENEFICIAMENTO DE RESÍDUOS PLÁSTICOS
O outro projeto de Sobral aprovado no Programa Centelha é dos alunos Guilherme Marinho e Rhuan Nunes, também do curso de Mecatrônica, sob orientação do professor Rodolfo Zanuto. A ideia é desenvolver uma máquina de beneficiamento de resíduos plásticos.
A máquina é capaz de processá-los, transformando-os em filamentos para impressora 3D do tipo FDM, fazendo com que haja a reutilização desses resíduos. Além dos benefícios ambientais, o projeto também apresenta vantagem econômica, já que o preço de venda dos materiais para reciclagem dificilmente ultrapassa a faixa de R$5 o quilo. Já o valor de mercado dos filamentos de impressora 3D é de cerca de R$ 150 o quilo. A ideia é que a máquina se adeque a qualquer tipo de plástico encontrado nos resíduos sólidos, desde embalagens de produtos de limpeza até materiais plásticos que compõem utensílios domésticos ou brinquedos de crianças.
OUTROS CAMPI
Além de Sobral, outras seis equipes do IFCE estão concorrendo, sendo três do campus de Fortaleza, duas do campus de Maracanaú e uma do campus de Tabuleiro do Norte. Nas próximas fases da competição, os projetos de empreendimento e de fomento serão avaliados. As ideias aprovadas receberão R$ 50 mil, cada uma, em subvenção econômica para o desenvolvimento dos produtos ou dos negócios propostos.