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IFCE de Iguatu recebe investimento para laboratório multidisciplinar

O projeto visa incentivar protagonismo do estudante no processo de ensino-aprendizagem.

Publicada em 07/10/2020 Atualizada há 2 meses, 2 semanas

Em maio deste ano, o Ministério da Educação (MEC) lançou um edital que teve como objetivo criar mais de 100 laboratórios de prototipagem para estudantes da educação profissional em todo o país. O investimento nos laboratórios, denominados “Lab IF Maker”, é de R$ 25 milhões a serem distribuídos pelos próximos dois anos, sendo realizado por meio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC (Setec).

A seleção ocorreu em duas etapas: na primeira cada instituição apresentou até três projetos, comprovando seu caráter multidisciplinar e extensionista. Nessa fase, o campus Iguatu do Instituto Federal de Educação do Ceará saiu na frente e foi uma das 41 instituições contempladas pela iniciativa.

De acordo com o chefe do Departamento de Pesquisa, Extensão e Produção (DPEP) do campus Iguatu, Newdmar Fernandes, o projeto submetido contou com a colaboração de todos os coordenadores de curso para que sugerissem formas de utilização do laboratório. “O recurso já vem para comprar os bens previstos no edital. A parte de infraestrutura e algum equipamento a mais é contrapartida do campus. Aí já temos a parte da infraestrutura que já está sendo feita. Fora isso, vamos comprar outros materiais para tornar o laboratório mais robusto”, diz Newdmar.

Aplicações práticas no campus

O laboratório que contará com impressora e caneta 3D, materiais de robótica como kits LEGO e de Arduíno, além de ferramentas manuais como serras, furadeiras, parafusadeiras, entre outros. Sendo assim, os estudantes de cada curso poderão fazer uso de toda estrutura e de equipamentos para desenvolver novos projetos de extensão, atividades entre os cursos, elaboração e criação de materiais que serão utilizados dentro e fora da sala de aula.

Para o coordenador do Lab IF Maker do campus Iguatu, Emannuel Diego, a chegada do laboratório proporcionará aos professores novas formas de aplicação do ensino, servindo também como uma porta da Extensão. “O campus poderá oferecer cursos que nunca antes foram ofertados como o de Operador de Máquina 3D, Eletricista, Marceneiro, entre outros. Isso tudo mostra a importância de um laboratório como esse para o nosso campus”, diz. Ele acredita ainda que o laboratório servirá tanto para o desenvolvimento de atividades lúdicas, que aliam teoria e prática, quanto para que estudante aprenda conceitos extracurriculares no que diz respeito ao uso de novas tecnologias na vida acadêmica e profissional.

Sobre a Cultura Maker

A cultura maker se sustenta na ideia do “Faça Você mesmo” e do “aprender fazendo”, que incentiva as habilidades do indivíduo em criar, fabricar, consertar e modificar objetos com as próprias mãos. Na educação, utiliza-se a filosofia do “Movimento Maker” para promover atividades e ambientes de ensino que sejam estimulantes e desafiadoras. Assim, o estudante torna-se protagonista do seu próprio processo de aprendizagem ao desenvolver projetos e buscar soluções de problemas por meio da colaboração entre grupos.