Pesquisa avalia uso de prebióticos na criação de ovinos
Três estudantes desenvolvem TCCs no experimento
Publicada em 11/03/2020 ― Atualizada há 2 meses, 2 semanas

Uma pesquisa desenvolvida por estudantes e professores do campus de Crato do Instituto Federal do Ceará está avaliando a ação de prebióticos no ganho de peso de ovinos. O bioestimulador, que estimula naturalmente a atividade microbiológica, é adicionado diariamente à água dada aos animais, para que os pesquisadores acompanhem o efeito dele sobre a atividade dos micro-organismos do rúmen.
Participam do projeto os estudantes Janeísa Batista, Ana Maria Sousa e Odair Sousa, do bacharelado em Zootecnia. Orientada pelo professor Danusio Sousa e co-orientada pelos professores Marcus Góes e Giselle Cruz, a pesquisa deve durar entre 45 e 50 dias, até que os animais atinjam 30 quilos, o ponto de abate. Durante esse período, os estudantes acompanham diariamente os ovinos que fazem parte do experimento, cuidando da rotina de água e alimentação.
Eles se dividem na avaliação dos parâmetros, que resultarão em seus trabalhos de conclusão de curso. "O prebiótico vai degradar a matéria orgânica da água e nós veremos se isso afeta o ganho de peso do animal, por exemplo. O objetivo é que ele ganhe mais peso. Nós vamos fazer um comparativo entre animais que recebem e que não recebem o produto", explica Janeísa. A pesquisa analisa também aspectos além do peso, como rendimento de carcaça, consumo de água, comportamento digestivo e parâmetros fisiológicos.
Segundo o professor Marcus Góes, o resultado do estudo pode fazer a diferença para os produtores rurais: "Com base nos resultados, o produtor de ruminantes poderá utilizar este produto como um estimulante no desempenho, proporcionando um maior ganho em peso, a produção de um produto de melhor qualidade em um menor intervalo de tempo e aumentando a lucratividade."