Crato compartilha experiências de educação inclusiva
Relatos fizeram parte de evento sobre diversidade e inclusão
Publicada em 28/09/2016 ― Atualizada há 2 meses, 2 semanas

A tarde da terça-feira (27) reuniu representantes de diferentes campi do IFCE e de outras associações, que relataram experiências de sucesso sobre educação inclusiva. O momento fez parte da programação do II Encontro sobre Diversidade e do I Seminário sobre Educação Inclusiva, que ocorre até quinta (29) no campus de Crato.
Professora de Libras e Português no campus de Cedro, Raquece Cruz faz parte do projeto "Mãos que incluem", que ensina Libras a surdos que antes não tinham a oportunidade de aprender a língua. O projeto, criado em 2013, ajudou a melhorar a qualidade de vida de muitos de seus alunos: "Hoje, nós vemos esses alunos, que entraram no curso sem comunicação básica, e conseguimos perceber todos os seus avanços, toda a sua capacidade de comunicação".
Ela ressaltou a importância de trazer o debate sobre diversidade e educação inclusiva para o ambiente escolar, reunindo estudantes e educadores: "Para os alunos que têm participado, eu tenho certeza que, na formação humana deles, será sentida a diferença, tanto agora como futuramente".
O momento contou também com relatos dos campi de Iguatu, com a experiência de equoterapia da psicóloga Maria Maísa; e de Juazeiro do Norte, com a experiência inclusiva com cegos, relatada pelo professor Guilherme Lacerda; e com o projeto de extensão sobre gênero e direitos humanos, coordenado pela psicóloga Fabrícia Oliveira. A Associação de Cegos do Estado do Ceará foi representada pelo professor João Bosco Farias, que apresentou o projeto de laboratório de informática. A assistente social do campus de Crato, Suamy Soares, relatou a experiência do grupo de estudos de Gênero e Diversidade, formado por servidores e estudantes do campus.
Aguçando os sentidos
Um dos pontos altos da programação é a sala sensorial, um espaço em que os participantes entram vendados e experimentam seus outros sentidos. Eles tocam objetos, sentem cheiros e têm seu paladar aguçado, tudo isso sem poder utilizar a visão. A sala fica aberta até a tarde de quinta-feira (29), último dia dos eventos.
Estudante de Zootecnia, Vagner Lima visitou o espaço na terça-feira (27). Para ele, todos deveriam passar pela experiência: "É uma coisa de que pouca gente tem oportunidade, sentir coisas que você não está vendo. O que a gente mais utiliza é a visão e sem ela é um mundo completamente diferente".
A programação do II Encontro sobre Diversidade e do I Seminário sobre Educação Inclusiva encerra na quinta, com os minicursos de braile e de tecnologias assistivas e as oficinas de mobilidade e orientação; gênero, empoderamento e sororidade; sexualidade e diversidade; racismo e diversidade.